Eu vou te contar que vocĂȘ nĂŁo me conhece... E eu tenho que gritar isso porque vocĂȘ estĂĄ surda e nĂŁo me ouve! A sedução me escraviza Ă vocĂȘ ... Ao fim de tudo vocĂȘ permanece comigo, mais presa ao que eu criei e nĂŁo a mim . E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa .... VocĂȘ nĂŁo tem um nome , eu tenho... VocĂȘ Ă© um rosto na multidĂŁo , e eu sou o centro das atençÔes , Mas a mentira da aparĂȘncia do que eu sou , Ă© a mentira da aparĂȘncia do que vocĂȘ Ă© . Por que eu , eu nĂŁo sou o meu nome, e vocĂȘ nĂŁo Ă© ninguĂ©m ... O jogo perigoso que eu pratico aqui , ela busca a chegar ao limite possĂvel da aproximação. AtravĂ©s da aceitação , da distĂąncia , e do reconhecimento dela. Entre eu e vocĂȘ existe a notĂcia que nos separa ... Eu quero que vocĂȘ me veja nua , eu me dispo da notĂcia. E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha... Eu me relato , tu me delatas... Eu nos acuso , e confesso por nĂłs. Assim , me livro das palavras, Com as quais vocĂȘ me veste .
Autor da mensagem: Laura Baptista Leite
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